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sexta-feira, 26 de junho de 2009

"Fortaleza em quatro paradas"

Poucas horas. Fortaleza vai se impor entre o desembarque no Ceará e o horário do transfer para Jericoacoara ou Canoa Quebrada. Desconsiderado o Beach Park, algumas horas na capital são suficientes. Mas, para aproveitar sem pressa as sugestões a seguir, que tal deixar a partida para o dia seguinte? Ou reservar uma pernoite no fim das férias?

Sem praia. Meu roteiro em Fortaleza teve quatro paradas e passou bem longe do mar. Pegar praia é muitíssimo mais gostoso fora da capital. As atrações culturais desbancam facilmente qualquer trecho da orla.

Centro cultural. Manutenção urbana não tem sido o forte na cidade. O lugar mais legal de Fortaleza fica em uma vizinhança não exatamente bonita, no bairro de Iracema. O Centro Cultural Dragão do Mar (http://www.dragaodomar.org.br/) é um primor arquitetônico, cheio de passarelas metálicas suspensas, que interligam museus, um planetário, um teatro, uma biblioteca, salas de cinema e a indefectível lojinha de souvenirs. Várias construções coloniais foram incorporadas pelo centro cultural e transformadas em bares e restaurantes. A praça central tem uma cúpula com propriedade acústica que amplifica vozes. Adolescentes se reúnem embaixo dela.

Teatro. No praça de mesmo nome, o Teatro José de Alencar (0--85-3101-2583), quase centenário, é um dos orgulhos da cidade. Em homenagem ao criador da virgem dos lábios de mel foi erguida uma estrutura formada por arcos metálicos e vitrais art nouveau trazidos da Escócia. "Porque os ricos de antes e os de agora gostam mais das coisas da Europa", graceja o guia.Na visita, a R$ 4 por pessoa, vê-se também o foyer, uma sala de estar chique com pinturas restauradas, onde autoridades se alojam nos intervalos das peças.

Museu. "O Ceará não havia, nem fazia falta", diz o texto na parede do Museu do Ceará (Rua São Paulo, 51; tel.: 0--85-3101-2611), na entrada da sala cujo acervo conta a história dos índios na região, antes da chegada dos portugueses. Em um palacete do século 19, o museu tem um acervo histórico precioso. Basta dizer que a batina, o chapéu e o cajado originais do Padre Cícero estão ali.

Restaurante. Deixe para comer a peixada cearense na praia. No restaurante Colher de Pau (http://www.restaurantecolherdepau.com.br/) há receitas regionais que você não encontrará à beira-mar. Como a carne de sol com manteiga da terra e baião de dois. Um prato bem-servido do qual não restou nem uma migalha.

Fonte: Jornal Estadão por Mônica Nóbrega